sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Memoria do estágio Anos iniciais

O estágio nos anos iniciais do ensino fundamental foi maravilhoso, nossa professora orientadora foi a professora Rosângela, trabalhamos com uma turma do 2° ano  do Caic, trabalhamos  com método sociolinguístico,  algo que era meio novo, na turma havia 22 alunos matriculados e uma média de 17 era bem frequente, uma das maiores demandas que enfrentamos no estagio era o problema do transporte, porque a sala quase todos moravam nos bairros da Cachoeirinha, Jardim Tropica e Pau Ferro, isso dificultava um pouco o trabalho, algumas vezes o motorista estava doente e não tinha outro motorista para conduzir as crianças a escola, outra hora o pneu estava furado e não tinha outro ônibus , isso era um dos maiores questionamentos e problema que a escola enfrentava. alem de tudo tínhamos alguns dilemas para resolver e muitas das vezes usar estrategias simples para lidar com as crianças, por exemplo na sala tinha uma mocinha que causa uma maior confusão na sala, gostava de bater, brigar e ela muitas das vezes se aproximava das pessoas para pedi alguma coisa, eu e minha colega fomos alertada assim que fomos apresentada a sala, outro fato que muitas vezes exigia muito de nós era o fato de terem dois irmãos gêmeos na sala, um era super inteligente e o outro tinha muita dificuldade, e isso o incomodava, pelo simples fato dos pais elogiarem de mais o irmão, algumas vezes ele era agressivo com os colegas e tínhamos que saber lidar com a situação. Durante o estagio o projeto elaborado entre a escola e os alunos  do estágio era  trabalhar a leitura com autores que as crianças já conheciam que a professora regente já havia apresentado em sala de aula, e aproveitávamos para trabalhar os dilemas que enfrentávamos na sala, através das histórias de Mauricio de Souza. Minha dupla do estágio ficou com o autor Mauricio de Souza  e sempre trabalhamos com as personagens da  turma da Mônica, e o nome do nosso projeto era “ Aprendendo a ler e escrever com a turma da Mônica”, durante a semana trazíamos 2 personagens e os nomes dessas personagens era a palavra geradora da semana. Nossa regência durante o estágio foi bem proveitosa, ainda mais que a professora regente da turma sempre foi um amor e muito presente, foi ai que me identifiquei, as crianças maiores ajudaram-me a ver o que eu realmente queria, a área que desejo atua como profissional, além do aprendizado adquirido. A parte que menos gostei do estágio é o relatório, nossa quanto trabalho, é preciso ter muita fundamentação teórica, principalmente quando vai e volta muitas vezes. durante o estágio passamos por cada situação que também nos transforma como pessoa, não posso me esquecer o dia em que uma criança passou a tarde toda descalça porque não tinha sandália, ela estava com a sandália quebrada na mochila, outro dia uma que falou que a barriga estava doendo porque estava com fome, o ônibus já estava no ponto e ela não teve tempo de comer, isso são coisas que nos transforma não só como profissional como também como pessoa, a educação vai alem do que imaginamos, e aquilo que não te desafia não te transforma.   


Memoria de estágio Educação Infantil

O estágio na educação infantil foi um divisor de águas, porque foi ai que realmente descobrir  em que área desejava trabalhar, e realmente a educação infantil não era o que eu queria. O estágio ocorreu no inicio do ano de 2018, na creche do Caic, com uma turminha de 3 anos, na sala havia 20 crianças, mas nem todas frequentavam, o que posso dizer é que essa experiência me marcou tanto profissionalmente como pessoas, aquelas crianças mudaram minha vida de alguma forma que muitas das vezes não consigo explicar, consigo lembrar do nome de cada uma, do rostinho principalmente de um menino em especial, pois sua historia de vida foi marcada pela perda de sua mãe, tentava imaginar como seria a vida daquela criança a partir daquele momento. Minha professora orientadora d estágio era a professora Claudia, e sempre estava presente ainda mais porque tínhamos o questionamento; o que fazer com crianças de 3 anos? Como trabalhar? O que vamos ensinar? Esses foram nossos dilemas no início, e realmente era complicado, porque as crianças quase não paravam era o tempo todo correndo, gritando, brigando com o colega, nossa o desespero bateu na hora, depois de conversar com a professora orientadora da disciplina,  uma luz no fim do túnel apareceu, tínhamos o projeto “Identidade”, a partir daí começamos nosso trabalho com os pequenos, o resultado foi gratificante, eles responderam nossas expectativas, e em mim ficou a certeza que a creche e a educação infantil  por mais que seja bom trabalhar com essa faixa etária  não é uma área que me identifico.o projeto "Identidade" tinha como objetivo trabalhar a identidade das crianças, como elas se viam, trabalhamos o dia da beleza com as crianças, damos banho arrumamos os cabelos das meninas, enfeitamos elas, minha colega levou batom, xuxinhas, esmaltes, perfume, creme, foi aquele dia que não foi só pra se divertir foi também de aprendizagem para as crianças e nós também. Durante a aplicação das atividades víamos que elas eram bastante curiosas, queria conhecer o novo, principalmente quando levamos as letras dos nomes deles no formato de chocolate, na aulas de pinturas, a curiosidade delas eram muito grande, víamos também que eles também tinha a curiosidade de esta o tempo todo em frente ao espelho, sem contar o dia da beleza que as meninas amaram.  


Memoria de alfabetização

 Meu nome é Tamires, fui alfabetizada aos 4 anos de idade por uma vizinha que dava banca em uma igreja na rua a qual eu morava, como sempre tive o desejo de ir a escola e não podia por causa da minha idade, no distrito de itajuru havia uma escola  de classe multisseriadas onde meus primos estudavam, e eu como não perdia tempo também ia a escola, como a professora ficava com dó de mim, deixava eu assistir as aulas e ainda passava atividades no meu caderninho, aquilo me enchia de alegria, me lembro como hoje o cheirinho que havia naquela escola. Aos 7 anos fui matriculada na escola Doryval Borges, me recordo até hoje o nome da minha primeira professora  “Graça”, uma moça loira dos cabelos cacheados, muito amável e muito linda, também me recordo da primeira história que li na escola, essa história marcou a minha vida “ Maria vai com as outras”, me lembro que levei um susto na escola porque só lá descobrir que meu nome era Tamires, as pessoas me chamavam tanto de Binha que não tinha a noção que era apenas uma apelido, ao ir a escola já sabia ler, escrever e fazer contas, nunca tive dificuldade na escola, por esse motivo nunca repetir de ano. fui alfabetizada com o método silábico, além que todo dia tínhamos que lê o alfabeto, e tomar a tabuada, além de tudo que só passava de ano quem soubesse a lê, como sempre fui encantada com a escola, sempre fui uma ótima aluna, quando criança queria ser professora pelo simples fato da maneira como a professora "Graça" nos tratava, um amor de pessoa , a maneira como ela agia com todos, nos tratava tão bem com amor e carinho, foi ai que surgiu o desejo de ser igual a ela, como só frequentei a escolas aos 7 anos, nunca passei pelos anos inciais. mas minhas experiencias na escola sempre foram muito boas, lembro no dia em que fizemos uma gincana, onde a sala foi divida em dois grupos, e no final tinha uma cesta cheia de guloseimas para o grupo vencedor, também me recordo de uma menina que havia na sala que chorava porque não conseguia ler, e a professora toda paciente dizendo que ela iria consegui.